EM ALGUM DIA DO PASSADO



Ruínas no passeio da orla do rio tormes em Salamanca-Espanha
Foto: Regina Clara de Aguia. Agosto/2010.



Um dia se conheceram! Há algum tempo atrás. Passado recente, enterrado em alguma gaveta da estante das lembranças, que às vezes se abre voluntariamente e se impõe, se fazendo existir outra vez. Só que dentro de uma linguagem quase multimídia, como se as lembranças estivessem coladas em forma de uma película de longa metragem, rodando aleatoriamente para um público inerte, totalmente passivo. Ou coladas naquele álbum de fotografias antigas, atirado sobre uma mesa no quarto; com folhas amareladas pelo tempo e com cheiro de mofo e umidade, pela falta de uso.

Na ocasião, apenas trocaram poucas palavras, nada mais... O tempo passou..., outra vez se encontraram, se cumprimentaram! Até que se viram num evento. Anotaram número de celular e endereço de correio eletrônico.

E foi uma relação explosiva, intensa, passageira, de felicidade total... Poucas vezes se encontraram, mas era tudo mágico, havia uma verdadeira sintonia, sincronia em tudo... Se falavam por horas a fio..., entrando pela madrugada..., compulsão geral.

            Até que um dia tudo foi ficando diferente. Já quase não se falavam... Medo... Cobrança... Pressão enlouquecedora por um lado, e de indiferença do outro! Coisas das relações humanas? Nesses momentos de conflito tudo fere, magoa! E onde está à razão verdadeira, o sentido de tudo! O outro..., O eu... O oculto..., O desconhecido...? Incógnita!

Regina Clara de Aguiar

Salamanca, 28 de septiembre de 2010.

Fiesta de la Vendimia. TORO - Zamora

PARA TE MAGO, XAMÃ…

REGINA CLARA DE AGUIAR

O ESPAÇO QUE ABARCAVA TEU SER

INTENSO,

FORTE,

PURA LUZ,

MAGIA…

HOJE ESTÁ VAZIO…

MAS UMA LUZ INTENSA

BRILHA E REBRILHA,

PISCANDO E OFUSCANDO,

ONDE,

DIAS ATRÁS,

SORRIAMOS

E ÉRAMOS  EMPATIA,

ENERGIA!

SERES VIBRANTES,

PULSANTES,

ILUMINADOS!

IMPREGNADOS DE LUZ SOLAR,

COMO DENTRO DE UM CIRCULO DE FOGO

NO CENTRO DA PIRÂMIDE MÁGICA,

COR DE ROSA!

ROSA,

DO AMOR UNIVERSAL.

A FELICIDADE DE UM ENCONTRO!

ENCONTRO DE ALMAS!

ETÉREA PERCEPÇAO,

EMOÇAO!

A LUZ AGORA

PARECE QUERER PREENCHER

O QUE ANTES

TE CABIA.

O CÉU AZUL FAZ OS PÁSSAROS

ALEGRES CANTAREM AINDA MAIS,

MANTRAS!!!

VOANDO NA MANHA

CLARA DE SOL, LINDA.

A TE SALDAR.

E O VERDE DAS FOLHAS

BALANÇANDO AO VENTO

QUE SOPRA LEVE,

LEVA SUAVE A BRISA,

A TE.

CASA DE LAS CONCHAS-12:30h

SALAMANCA, 11 DE JUNHO DE 2008.



ASSESSORAMENTO FILOSÓFICO EM PAMPLONA NAVARRA NORTE DA ESPANHA.

O Assessoramento Filosófico, segundo os idealizadores, nasce como uma alternativa prática, mas não substitui as diversas formas de terapia, nem pode se considerar alternativa de vida, como está em moda. Se trata de uma orientação para a vida, dirigida a pessoas que não sofrem problemas mentais, e sim, encontram-se sob forte tensão, ao ponto de necessitar refletir, expressar e dialogar sob a assistência do assessor. A Consultoria Filosófica se constitui como um processo reflexivo e prático de pensar e conversar, entre o assessor e o realizador da consulta, e se dirige a uma busca do caminho que cada pessoa quer seguir, levando em conta as circunstancias pessoais de cada um.

A orientação da assessoria está a cargo do doutor em Filosofia e Antropologia,  da UNED e UPNA de Pamplona, Prof. Dr. Juan Carlos Ochoa. Segundo Ochoa, existem questões que nos preocupam e necessitam ser expressadas e resolvidas, como: amor, família, relações, sexo, amizade, trabalho, felicidade, confiança, tranqüilidade, paz, identidade, integração, cultura, natureza, envelhecimento, morte, enfermidade... E explica  que a orientação, objetiva uma transformação pessoal evolutiva, de forma ordenada e clara, otimizando os pensamentos e em conseqüência as ações.

A prática, afirma, aplica a filosofia a um entendimento das dúvidas existenciais, e leva a uma liberação da consciência e evolução do que se realmente é, e o que se quer fazer diante da vida. E a partir da eliminação de interpretações e dúvidas, assim como dos determinismos ideológicos, sociais e culturais do consultante, a reflexão filosófica garante a energia criadora e positiva das idéias, ao mesmo tempo que analisa de maneira construtiva, os fatos, comportamentos e acontecimentos, afim de chegar a uma existência satisfatória e feliz, de acordo com nosso mundo interior e exterior.

Para solicitar consulta prévia:

OREKAN – CENTRO DE EQUILIBRIO Y BIENESTAR

Plaza del castillo, 43-bis, 2ºC.

31001 - Pamplona-ES

Telefones: 948211710-649127050-629389158

E-mail: centro.orekan@hotmail.es

La Feria del Dia de Salamanca en España

La Feria del dia de Salamanca, es una fiesta que acontece siempre en el mes de septiembre, o sea, cuando el verano esta en sus ultimos días. La gente se anima a salir para las calles en las noches calidas.

Muchas casetas estan por todos los lados. Estuvimos en las casetas regionales. Y la que me ha encantado fue de Andalucia, por su bebida deliciosa llamada "Rebujito", una mescla de un tipo de vino de alli con refresco. En la caseta regional de Galicia, es un show de si mirar cuando los camareros ponen la sidra en el vaso, pues hay que tener muchísima habilidad para que el liquido no se eche en derecto al suelo.



En la Caseta del Bar y Restaurante cuatro Gatos
Fábio, Vicente, Vescijudith e yo





 Vescijudith ha preferido observar la alegria de la gente en la caseta andaluz; pues esa fiesta de calle de Salamanca es una de las que me encanta, a pesar de que de cierta forma anuncia el fin de verano.
 Foto: Regina Clara de Aguiar.

Yo intentando bailar de sevillanas en la caseta de andalucia

Un pincho de la caseta de Galicia: chorizo al vino tinto

Servindo la sidra como se hace en Galícia

Comprovando el delicioso rebujito: bebida típica de Andalucia Occidental resultante de la mezcla de vino manzanilla con un refresco de gaseosa, como el sprite y mucho hielo. En algunas variantes se suele añadir una buena cantidad de hojas de menta.

Texto: Regina Clara de Aguiar







Jericoacoara

JERICOACOARA PARAISO NATURAL NO LITORAL CEARENSE

O momento mágico de se estar em Jeri, é ao entardecer, após um dia que começa as vezes por volta das quatro da manhã, quando os visitantes acordam na madrugada para saborear o  famoso pão quentinho, saido do forno, com recheios diversos, queijo, banana entre outros, com manteiga da terra e um café com leite fumegante. Antes do galpão enorme abrir as portas e o salão com mesas e cadeiras os visitantes fazem fila para entrar. E uma vez ali, disputam os locais e o atendimento, todos ávidos para começar já. E o prazer de estar em Jeri como é carinhosamente chamada pelos moradores.

Logo depois, ao nascer do sol, é a hora da caminhada, para aqueles que preferem um longo passeio a pedida é chegar até a Pedra Furada, aí o caminhante tem que estar preparado para subir e descer dunas, o serrote, andar entre pedras e pedregulhos. A dica é levar bastante água, pois com o calor sufocante é necessário se hidratar constantemente, ou comprar dos moleques que acompanham os turistas em bandos, com suas caixas de isopor cheias de água mineral, gritando com vozes estridentes, "oia a água!"; e muito creme, nunca é demasiado, além de uma parada de vez em quando para um mergulho refrescante nas águas atlanticas, límpidas, azusi e transpartentes. Enfim, uma verdadeira aventura.
Ou então do lado oposto à pedra, se pode chegar a um povoado bem pequeno, chamado Mangue Seco. O acesso para se chegar lá, é feito através de uma longa caminhada até se chegar a uma pequena ponte de madeira, no manguezal, se atravessa e logo se defronta com uma pracinha, igreja, alguns bares, e um povo hospitaleiro e desconfiado. As crianças vão se aproximando e daqui a pouco não querem mais largar o ilustre visitante.

Bom, depois de toda essa maratona e de saborear um baião de dois com peixada além de cerveja geladissima para conter o calor, é a hora da celebraçao.

A duna do por do sol está lá, plena, amarelada. Banhada dos raios do astro que dar adeus ao dia para seguir sua rota diária. Aos pouquinhos as pessoas vão chegando, bronzeadas, bonitas, sozinhas ou em bandos, preparadas para o ritual de passagem, despedida do sol. Muita gente já se preparou para a noite, outras ainda em trajes de banho. O show é descer a duna praticando o "skin bunda", e puft dentro do mar, que aquela hora é morno e prazeiroso, todos aplaudem. No momento da partida do sol, as pessoas estão perfiladas no ponto mais alto, e se faz um tremendo silencio... e lá se foi a bola vermelha incandescente, deixando apenas uma coloraçao rosacea, que aos poucos vai se discipando, e o vento esfriando os corpos quentes ao final de mais um dia de Jeri.

Eu amo Jeri
Texto: Regina Clara de Aguiar

Lago de Sanabria - Espanha

Lago de Sanabria, 19 de setembro de 2010.
Foto: Regina Clara de Aguiar.

Lago de Sanabria região mistica guarda muitas lendas - Sair por ai seria a dica para esse domingo 19 de setembro, segundo a meteorologia um dos últimos fins de semana, deste ano, para se desfrutar um calorzinho de sol de verão em toda Península Ibérica. Propício sem sombra de dúvidas a pequenas excursões até as montanhas, praias ou lagos. Saímos de Salamanca, Vicente, um hispano-brasileiro, Daniela, italiana e eu, brasileira, nordestina do Ceará, em busca da aventura e prazer de se pegar a estrada, numa manhã ensolarada, com céu azul. Especificamente em direção a região paradisíaca do Lago de Sanabria, na província de Zamora, que pertence à região de Castilla y León, centro da Espanha. A viagem demora cerca de duas horas e meia até ao destino, ou seja, ao lago.

O carro, à medida que percorre a rodovia, vai deixando para trás a zona seca do verão causticante, que este ano, castigou impiedosamente a Europa. Adentrando uma zona verdejante, segue entre curvas e mais curvas, pela serra da Culebra, em seguida por outras como: Secundera, Cabrera Baja e Gamoneda, passando pelos rios Cárdenas, Segundera e Tera, região cortada por numerosos bosques e vales, desfiladeiros formados no período glacial. A mudança da vegetação, quase na fronteira com a Galícia, é percebida levando-se em conta o tipo de flora e clima mais ameno.

O entorno do Lago, definido pelo humanista espanhol Miguel de Unamuno como “Espejo de Soledades” (Espelho de solidão), realmente transpira alguma coisa do passado, de eras glaciais, resultado dos pequenos arroios que surgiram a partir do desgelo dos picos nevados. Também conhecido como “Lago de San Martin de Castañeda”, a partir de um mosteiro com esse nome, é um dos lugares na montanha espanhola que se pode visitar em qualquer época do ano, pois em cada estação se mostra peculiar, com diferentes atrativos. No verão é cenário ideal para banhistas, que disputam cada centímetro das suas praias de areias brancas como Custa Llago, Vega de Tera, entre outras, onde se tem a opção da prática de esportes náuticos. O turismo encontra seu ponto alto aí, na diversidade de restaurantes e bares com uma gastronomia de sabor regional e bebidas para todos os gostos.

Prática de esportes nauticos no Lago de Sanabria
Foto: Regina Clara de Aguiar. 19 de setembro de 2010.

O lago é o único na Espanha, do ponto de vista geológico, com origem remontando a era glacial. Possui beleza e natureza incrível. Conta com parques naturais, áreas de pesca, camping e trilhas, além de reunir uma infinidade de lendas nos caminhos que dão acesso ao Espelho d água, que conduzem o viajante a um verdadeiro estado de contemplação e admiração. Situado a mil metros de altitude, sua lamina d água alcança uma extensão de cerca de três quilômetros. Alguns pontos têm profundidade de mais de 50 metros.

Playa de Vega de Tera.
Foto: Regina Clara de Aguiar. 19 de setembro de 2010.

Lendas – O misticismo e a oralidade transformaram o mágico lago num objeto de lendas, repletas de superstições, dentre elas a mais comentada é a de uma cidade encantada no fundo das suas águas, conhecida como Valverde de Lucerna. Segundo contam alguns moradores, era uma cidade próspera, com terras férteis. Numa noite tenebrosa e fria, anterior a noite de São João, apareceu um peregrino necessitando abrigo e alimento. Tentou conseguir um pouco de pão e local para passar a noite; mas os moradores em uníssono, sempre davam a mesma resposta: É um peregrino? Pois continua teu caminho, e deixa-nos em paz, volta de onde veio. Até que encontrou duas mulheres assando pão num forno a lenha, que acolheram e saciaram a fome do pobre homem. Ao final aquecido e alimentado, aconselhou as mulheres que não saíssem de junto do forno aquela noite, pois seriam as únicas pessoas de todo o lugarejo que mereciam ser salvas. O homem anunciou que castigaria toda a gente da cidade, que com o estomago cheio e bem abrigada, não lembrava, dos que passam fome e frio. O caminhante se despediu e ao sair do local pronunciou a seguinte frase: Aqui cravo meu bastão, aqui brote água. Ao dizer isso um grande caudal de água surgiu, e em poucas horas cobriu todo o vale, deixando a descoberto, apenas o local do forno a lenha, em forma de ilha, onde se encontravam as duas mulheres. A partir daí, se conta na localidade, que no dia de São João, as pessoas caridosas e generosas, escutam o ressoar do sino que repousa no fundo do lago encantado.

Texto: Regina Clara de Aguiar.
Salamanca 22 de setembro de 2010.